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Pela primeira vez, depois da fase final do Campeonato Nacional Individual de 2010, poderemos assistir à competição nacional através da internet.
O encontro de hoje opõe dois dos melhores jogadores portugueses: Paulo Pereira, campeão nacional em 2010 e actual vice-campeão nacional, e Tiago Silva, um dos jogadores mais talentosos e promissores em Portugal. O encontro tem lugar em São João da Madeira e tem início previsto para as 21h. O vencedor garantirá o apuramento para a fase final do 2º open individual desta temporada.
O nº 22 do mundo Ricky Walden causou mais uma surpresa ao afastar o finalista vencido da edição 2010 do UK Championship, derrotando-o por 6-3 para alcançar os quartos-de-final.
Walden venceu as três primeiras partidas, antes de Williams responder também com três partidas consecutivas. Porém, Walden viria a levar a melhor no resto do encontro e acabou mesmo por triunfar na 9ª partida. Terá agora pela frente o inglês Shaun Murphy, depois do nº 5 do mundo conseguir parar uma dramática recuperação de Martin Gould no caminho para a sua vitória por 6-4.
Murphy chegou aos 5-0 depois de um começo sólido, com destaque para um break de 102 pontos na quarta partida. Gould mostrou enorme carácter ao vencer as próximas quatro partidas, compilando um excelente break de 101 pontos na nona partida. No entanto, Murphy, aguentou a pressão e conseguiu mesmo a passagem aos quartos-de-final.
Marco Fu bateu o nº 1 do ranking oficial, Mark Selby, por 6-3, para também marcar presença nos oito melhores da prova.
Fu venceu as primeiras duas partidas, mas Selby conseguiu ir empatado para o intervalo, depois de uma entrada centenária na quarta partida. Fu, em desvantagem, conseguiu recuperar tanto na quinta como na sexta partida e apesar de Selby ter respondido bem, o jogador de Hong Kong levaria a melhor na oitava partida. Nos quartos-de-final defrontará Mark Allen, que depois de uns dias controversos, conseguiu mesmo uma boa vitória frente ao inglês Ali Carter.
Allen esteve a um bom nível nesta sua vitória por 6-2 sobre o nº8 do mundo. Na terceira partida produziu uma entrada de 101 pontos, conseguindo ao fim de quatro partidas um resultado favorável de 3-1. Carter recuperou uma partida, mas Allen voltou a responder com breaks de 77 e 67 pontos na sexta e sétima partidas. Confortavelmente, acabaria por triunfar na partida seguinte e marcar assim encontro com Marco Fu nos quartos-de-final.
Judd Trump derrotou Dominic Dale por 6-4 para marcar encontro com Ronnie O'Sullivan nos oitavos-de-final do UK Championship.
O inglês esteve mesmo a perder por 4-2, mas com a ajuda de uma bola rosa fortuita acabou mesmo por vencer quatro partidas consecutivas e assegurar a presença na próxima ronda. O vencedor do Open da China admitiu que teve imensa sorte na sétima partida, afirmando também depois do encontro que não esteve ao seu melhor frente a um adversário complicado, Dominic Dale. Trump espera agora estar a um melhor nível frente a um Ronnie O'Sullivan em grande forma.
Mark Allen também seguiu em frente no torneio, depois de um triunfo de 6-3 sobre Adrian Gunnel, no outro encontro da sessão da tarde. Allen proferiu palavras muito críticas em relação ao presidente da World Snooker, Barry Hearn, dizendo que este último está a arruinar o desporto.
Na sessão da noite, Mark Williams, duas vezes vencedor desta prova, sobreviveu a um duro teste frente a Joe Jogia, conseguindo um resultado favorável de 6-4. Já na edição do ano passado o galês começou menos bem, mas acabou mesmo por chegar à final, onde esteve perto do seu melhor.
Ricky Walden esteve bem mais fluente na sua vitória frente a Stephen Lee, produzindo entradas de 92 e 98 pontos.
Temos assim grandes encontros marcados para os oitavos-de-final e já nesta terça-feira poderemos assistir aos confrontos entre Judd Trump e Ronnie O'Sullivan, Ding Junhui e Matthew Stevens, John Higgins e Stephen Maguire e também entre Neil Robertson e Graeme Dott. Tudo para acompanhar nos canais Eurosport.
*Fotos de Monique Limbos
Mark Selby seguiu em frente neste UK Championship depois de uma vitória demolidora de 6-0 frente ao galês, Ryan Day.
O inglês mostrou o porquê de ocupar actualmente a primeira posição do ranking mundial, tendo culpa também no facto do melhor break do seu adversário, neste encontro, ter sido de 24 pontos. Selby venceu uma primeira partida um pouco mais disputada, mas de seguida fez uma entrada de 86 pontos para fazer o 2-0. Day fez a sua tacada de 24 na partida seguinte, no entanto quando falhou a vermelha para o meio foi severamente punido por um break de 111 pontos, seguido de um de 90 na quarta partida. Depois do intervalo a história repetiu-se. Uma entrada de 69 pontos deu o 5-0 a Selby e apesar de Day ter tido mais do que uma oportunidade na sexta partida, acabou mais uma vez por não ser eficaz e a vitória foi mesmo para Mark Selby.
Ronnie O'Sullivan esteve também numa forma magnífica no seu primeiro encontro, frente à lenda viva Steve Davis, num torneio em que já saiu vitorioso por 4 vezes. O'Sullivan até perdeu a partida inaugural, mas a partir daí mostrou toda a sua classe, com destaque para um break de 123 pontos na quarta partida. Uma entrada de 97 na partida seguinte e um break de 62 pontos acabariam por decidir o vencedor deste encontro. Ronnie O'Sullivan segue em frente com este triunfo por 6-1 e terá agora pela frente Judd Trump ou Dominic Dale.
Marco Fu saiu melhor de um encontro bastante equilibrado frente ao vencedor do Australian Open, Stuart Bingham, tendo recuperado de 3-1 em desvantagem para vencer por 6-4. Bingham disparou com um break de 128 pontos para tomar o controlo ao intervalo, mas depois permitiu a recuperação de Fu. Depois do intervalo foi mesmo o jogador de Hong Kong que falhou menos e a recompensa é um lugar na segunda ronda deste evento.
Ali Carter também conseguiu uma vitória de 6-4 frente a Robert Milkins, mas este último teve uma grande oportunidade de forçar a partida decisiva, acabando, no entanto, por falhar uma bola amarela crucial. Milkins também perdeu uma oportunidade para liderar por 4-2, permitindo que Carter voltasse à mesa e repusesse a igualdade. Carter a partir daí melhorou o seu nível de jogo e triunfou justamente, não porque jogou a um alto nível, mas porque dos dois foi o mais eficaz.
Na sessão da noite, o campeão do mundo em 2005, Shaun Murphy bateu a jovem promessa chinesa, Li Yan, por 6-3, para marcar encontro com Martin Gould na segunda ronda, que por sua vez levou a melhor sobre o seu compatriota Peter Lines, por 6-2.
*Fotos de Monique Limbos
O campeão em título, John Higgins, sobreviveu a um duro teste frente a Rory McLeod, num dia em que todos os cabeças-de-série seguiram em frente.
O encontro entre John Higgins e Rory McLeod foi apenas decidido na 11ª e última partida possível. Foi McLeod que começou melhor esta partida decisiva, acabando por falhar aos 31 pontos ao tentar forçar uma colocação. Higgins respondeu com classe e tal como nos tem habituado produziu uma excelente entrada de 52 pontos, antes de falhar a última vermelha para o buraco do meio. McLeod também não conseguiu marcar esta bola, mas deixou o seu adversário snooker. Na resposta, Higgins, afortunadamente, colocou esta última vermelha no buraco que acabaria por lhe dar a vitória neste encontro. Higgins que recuperou de 4-2 para 5-4 a seu favor revelou no final do encontro que tem estado com um problema nas costas, elogiando também a prestação do seu adversário.
Ding Junhui recuperou de 2-0, em desvantagem, para ultrapassar Mark Davis, no outro encontro da sessão matinal. O chinês recuperou para 3-2 com destaque para uma entrada de 103 pontos, mas o nº 17 do mundo, Mark Davis, respondeu bem voltando à liderança com um resultado de 5-4, a apenas uma partida do triunfo. Junhui forçou a decisão desta encontro para a "negra" e tudo parecia decidido quando o vencedor do Masters construía uma entrada de 61 pontos, contudo um erro na bola preta permitiu o regresso à mesa de Davis. Depois de uma batalha defensiva, o campeão desta prova em 2005 e 2009 acabou mesmo por seguir para os oitavos-de-final.
O campeão do mundo em 2006, Graeme Dott, e o campeão do mundo em 2010, Neil Robertson, conseguiram ambos vitórias de 6-1, frente a Matthew Selt e Tom Ford, respectivamente.
Na sessão da noite, Stephen Maguire venceu o duelo entre escoceses contra Stephen Hendry, por 6-3. O encontro esteve empatado a três partidas, antes de Maguire alcançar a liderança com uma tremenda entrada de 134 pontos na sétima partida. Seguiu-se uma entrada de 90 pontos para o campeão do UK Championship em 2004 e viria a selar a vitória na partida seguinte para marcar encontro com John Higgins na próxima ronda.
Matthew Stevens também passou aos oitavos-de-final, com uma vitória de 6-2 frente a Marcus Campbell. O destaque do encontro foi uma entrada de 140 pontos de Stevens na sétima partida, a mail alta do torneio até ao momento.
O segundo dia de competição terá como principal atracção o encontro entre Ronnie O'Sullivan e Steve Davis.
*Fotos de Monique Limbos
O UK Championship é o segundo torneio mais importante da época e a edição de 2011 trará novas alterações a esta prova que ao longo dos anos foi proporcionando muitos dos melhores momentos da história deste desporto.
Um pouco de história...
O UK Championship estreou-se em 1977, na altura um torneio apenas para britânicos, onde o vencedor foi Patsy Fagan que derrotou Doug Mountjoy por 12-9, ganhando £2000.
Em 1984, os jogadores do resto do mundo já puderam participar, e este torneio começou a contar para o ranking mundial. Até 2005, apenas britânicos e irlandeses tinham ganho este torneio até que o jovem chinês, Ding Junhui, na altura com 18 anos, venceu a final frente a Steve Davis, tornando-se o primeiro jogador não britânico a vencer este torneio. Tem sido um torneio onde se tem assistido a grandes encontros, grandes emoções, incluindo verdadeiros clássicos do snooker, ao longo dos tempos.
O recorde de triunfos no UK Championship ainda pertence ao inglês Steve Davis que se impôs por seis vezes na década de 80, quatro delas de forma consecutiva entre 1984 e 1987. O escocês, Stephen Hendry, segue-se com 5 triunfos. Ronnie O'Sullivan também está na história da prova por ter sido o vencedor mais jovem de um torneio pontuável para o ranking, ao vencer em 1993, com 17 anos de idade.
A edição 2010...
A final da edição do ano passado foi uma das mais dramáticas da história e sem dúvida um dos melhores encontros do ano. John Higgins jogava o seu primeiro torneio depois de ter sofrido uma suspensão de 6 meses por não informar uma alegada aproximação para manipular resultados. Os escocês esteve a perder por 5-9, mas produziu umas das mais fantásticas recuperações de sempre. O final deste encontro foi absolutamente dramático e mostrou mais uma vez o quão interessante o snooker consegue ser. Foi o último triunfo que o pai de Higgins conseguiu presenciar, vindo a falecer pouco tempo depois. Pode relembrar este momento lendo a nossa crónica ao clicar aqui.
2011: alterações no formato, no local e no patrocinador
A edição de 2011 traz alterações ao formato deste evento. O UK Championship tem tido como imagem de marca os encontros disputados à melhor de 17 partidas, desde a primeira ronda até às meias-finais. Para desagrado de muitos os encontros passarão a ser disputados à melhor de 11 partidas, o que sem dúvida retira um pouco do prestígio desta prova. Tal alteração foi provocada pelo interesse da BBC, a televisão oficial do torneio, querer um resultado em cada sessão. Nem tudo é negativo nesta mudança, dado que a partir de agora todos os encontros serão televisionados e todos terão a oportunidade de ver os seus jogadores favoritos em acção.
A prova regressa também a York, depois de se ter realizado nos últimos anos em Telford. Esta cidade é muito acarinhada pelos jogadores e possui também um grande número de fãs que certamente estarão agradados por ver novamente os grandes nomes do snooker a disputar este prestigiado torneio. O novo patrocinador será uma conceituada casa de apostas, a Williamshill.com.
Analisando agora o quadro desta edição do UK Championship...
O campeão em título, John Higgins, terá pela frente o sempre difícil Rory McLeod, numa reedição do encontro da segunda ronda do Campeonato do Mundo, onde o escocês teve que batalhar pela vitória. Apesar de tudo, espera-se uma vitória do actual campeão do mundo.
Se Higgins vencer este encontro inicial defrontará outro escocês, Stephen Maguire ou Stephen Hendry. Este será, possivelmente, um encontro decidido nas últimas partidas. Stephen Maguire não tem estado em boa forma, mas normalmente consegue passar sempre a primeira ronda. Hendry continua inconsistente e depois de ser relegado do top 16, qualificou-se para este UK Championship, perdeu para James Wattana na qualificação para o German Masters e acabou por conseguir uma prestação positiva no PTC 10. Se Hendry vier com uma mentalidade positiva pode seguir em frente na prova.
Outro encontro muito aguardado é o de Ronnie O'Sullivan contra Steve Davis. Ronnie entrou nesta época decidido a mudar a sua atitude perante o jogo e sem dúvida que já está a colher alguns frutos, vencendo a Premier League e duas provas do Players Tour Championship. Steve Davis voltou a dedicar mais tempo ao treino e os resultados têm melhorado. O'Sullivan parte como favorito, mas será que Davis consegue causar outra choque, tal como na segunda ronda do Campeonato do Mundo de 2010, frente a John Higgins?
Judd Trump não terá tarefa fácil frente a Dominic Dale. O Galês quando está nos seus dias é capaz de derrotar qualquer um, mas Trump está numa onda de confiança e será complicado derrubá-lo.
Ding Junhui tem um bom historial nesta prova, tendo já levantado o troféu por duas vezes. Terá pela frente Mark Davis, que está muito perto de alcançar o top 16. Ding não tem estado nada bem até agora na época 2011/2012, por isso tudo pode acontecer neste encontro.
Matthew Stevens defrontará Marcus Campbell, num encontro que poderá ser muito equilibrado, contudo o favoritismo tem que ir para Stevens.
Graeme Dott terá pela frente Matthew Stevens, o jovem que conseguiu um bom resultado no Australian Open. Dott é um lutador nato e certamente que vai dar tudo para ultrapassar este adversário.
Neil Robertson está a jogar novamente a um nível elevadíssimo e pela frente terá um jogador que é muito forte nas qualificações, mas que ainda não conseguiu mostrar tudo frente às câmaras, Tom Ford. Uma derrota do australiano será uma surpresa.
Mark Williams e Joe Jogia serão os protagonistas de mais um encontro desta primeira ronda. Williams, que chegou à final no ano passado, espera certamente carimbar a sua passagem para a segunda frente, vencendo um jogador experiente no circuito, mas que poucas vezes esteve presente em fases finais de provas de ranking.
Stephen Lee disputará um lugar nos oitavos-de-final com Ricky Walden. Este é outro encontro que poderá chegar à 11ª partida. Lee é sempre um jogador de grande classe e Walden está num bom momento de forma, tendo conseguido uma tacada máxima nesta semana.
Martin Gould partirá como favorito frente a Peter Lines. Depois de vencer o Power Snooker, o inglês vem confiante para fazer um bom resultado em York.
Shaun Murphy defrontará Li Yan, um chinês bastante talentoso que fez um percurso extraordinários nas qualificações para a fase final deste torneio. Será um encontro interessante de acompanhar, onde é expectável uma vitória de Murphy, apesar de tudo.
Ali Carter jogará com Robert Milkins, um jogador já relativamente experiente nesta andanças.
Mark Allen terá pela frente Adrian Gunnel, e espera-se tudo menos a vitória deste último, conhecido como um dos jogadores mais lentos do circuito.
Stuart Bingham, o vencedor do Australian Open, defrontará o jogador de Hong Kong, Marco Fu. Fu não tem estado no melhor momento de forma, mas quando está nos seus dias apresenta um jogo muito difícil de ultrapassar, no entanto Bingham tem estado bem nos últimos meses e espera novamente conseguir uma boa prestação numa prova de ranking.
No último encontro deste quadro estão presentes Mark Selby e Ryan Day. O nº 1 do mundo tem sido o rei da consistência e depois de vencer o Shanghai Masters é de esperar que continue na saga dos bons resultados. A verdade é que Selby nunca conseguiu triunfar num major e Day espera ajudar a provar mais uma vez isso mesmo neste torneio.
De 3 a 11 de Janeiro acompanhe este magnífico torneio, em directo no Eurosport e com todas as incidências aqui no snooker planet.
É o regresso desta nossa rubrica de entrevistas e desta vez estivemos "à conversa" com Stuart Bingham, que ocupa actualmente a 12ª posição no ranking mundial, tendo vencido nesta época o Australian Open, o seu primeiro título como profissional, em 16 anos de carreira.
Tivemos claramente que falar sobre o Open da Austrália, mas também quisemos saber o que ele pensa do snooker actual e o que pode ser feito no futuro.
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Quais eram as tuas expectativas para o Australian Open?
Eu estava à espera apenas de passar algumas rondas e ter um bom desempenho, uma vez que foi numa fase inicial da temporada.
Derrotaste alguns jogadores de top no rumo para a vitória neste torneio. Qual foi o encontro mais difícil de vencer?
Foram todos complicados, mas o que me causou mais dificuldades tem mesmo que ser a final tendo em conta que o Mark Williams era, na altura, o nº 1 do mundo e esta era apenas a minha primeira final, por isso as emoções estavam ao rubro!
A perder por 8-5 na final ainda acreditavas que poderias recuperar e vencer?
Lá no fundo eu acreditava, mas da forma como o encontro estava a decorrer eu pensei que a minha oportunidade de ganhar tinha acabado e o Mark estava a jogar snooker de grande qualidade. No entanto, as coisas mudaram e eu comecei a melhorar (a jogar bem como acontecera durante a semana) e o resto é história!
Como é que sentiste ao vencer a tua primeira prova pontuável para o ranking mundial?
Foi espectacular! Uma coisa que eu andava a tentar há mais de 16 anos e todas as horas de treino acabaram por compensar. Eu fiquei um pouco triste ao mesmo tempo porque não tinha ninguém da minha família ou amigos para celebrar lá na Austrália.
Esta vitória colocou-te dentro da elite do top 16 à frente de nomes como Ronnie O'Sullivan. Como é que te sentes em relação a isto e qual é o teu objectivo em termos de ranking?
Sinto-me muito bem por me ver numa posição tão boa no ranking, mas agora quero chegar ainda mais alto. O meu objectivo para o resto da época é alcançar o top 8 e depois as possibilidades são infinitas.
Pensas que este novo sistema de ranking é melhor do que o anterior?
Eu penso que é um pouco mais justo porque beneficia os jogadores que estão a jogar melhor, de uma forma mais imediata. Jogadores como Dominic Dale e Ricky Walden, que ganharam torneios, não acabaram no top 16 no fim do respectivo ano. O meu caso é diferente. Agora estarei presente no Masters e convidado para outros torneios devido a este novo sistema e portanto eu estou claramente a favor!
Como é lidas com os momentos de pressão, onde o mínimo erro pode ditar a derrota?
Não tenho bem a certeza. Eu acho que quando estou a jogar não estou a pensar que vou falhar, mas apenas a tentar manter a concentração e aplicar todas as minhas rotinas e marcar bolas. Mas é mais fácil dizer do que fazer!
Como é que descreves uma sessão de treino normal? Há algum exercício que treines antes de um encontro importante?
Eu treino entre 2 a 4 horas sozinho, mas quando estou a treinar com outros jogadores a duração é de cerca de 6 horas. Eu tento praticar todos os aspectos do jogo, bolas longas, construção de break, defesa, etc. Antes de um jogo eu apenas espalho as bolas pela mesa e marco-as para testar se estou a tacar bem.
Qual foi o melhor encontro em que estiveste envolvido?
Boa questão! Eu suponho que tenha que ser mesmo a final do Australian Open. Teve de tudo! Estive a liderar no início, depois o Mark Williams empatou ao fim da primeira sessão. De seguida, vi-me com uma grande desvantagem e depois acabei por vencer as últimas quatro partidas.
O snooker entrou numa nova era depois da chegada de Barry Hearn. O que é que ele trouxe para o snooker e o que pode ser feito no futuro?
"Sou um grande fã!" |
Ele proporcionou mais torneios e fez-nos a todos nós mais ocupados, o que agrada a uns e desagrada a outros, mas eu sou um grande fã do Barry! Tenho viajado por toda a Europa para disputar torneios que são pontuáveis para o ranking, os PTC's. O principal objectivo dos PTC's é torná-los em grandes provas de ranking.
Acreditas que o snooker pode alcançar uma globalização, tal como o ténis ou o golfe?
Eu penso que não, mas o presidente está a tentar de tudo! Espero que consigamos chegar lá, mas se acontecer será daqui a cerca de 10 anos.
Que conselho podes dar àqueles que querem progredir no snooker?
Treinar muito, dedicar-se ao snooker e acreditar que um dia conseguirás chegar onde queres. Isto foi o que eu fiz!
Define snooker em 3 palavras.
Agradável, intenso e interessante.
Finalmente, deixa uma mensagem para os fãs portugueses.
Espero que gostem das minhas respotas e espero também que muito brevemente possa haver uma prova de ranking em Portugal! Se houver venham ter comigo dizer olá! Feliz Natal e Feliz Ano Novo!
ENGLISH VERSION
What were your hopes going into the tournament?
I was just hoping to get through a few rounds and put in a good performance as it was so early on in the season.
You beat some top class players to win the Australian Open, which match did you feel was the toughest to win?
They was all tough but it has to be the final as Mark Williams was number 1 at the time and obviously my first final so my emotions was all over the place!
At 8-5 down in the final did you still believe you could come back and win it?
Deep down I thought I could but the way the match was going I thought my chance had gone and Mark was playing some great snooker. But things changed and I got into my stride (the way I was playing the rest of the week) and the rest is history!
How did it feel to win your first ever ranking event?
It was amazing! Something I've been trying to do for 16 years and all the hard work finally paid off. I was a bit sad at the same time because I had no one of my family and friends to celebrate with in Australia. But I still pinch myself even now that I've won a major ranking event!
This tournament victory puts you inside the top 16 and at you are ranked higher than the likes of Ronnie O’Sullivan. How does this make you feel and how high up the rankings do you think you can go?
It feels great to see myself that high in the rankings but now I want to get higher. My aim for the rest of this year is to get into the top 8 and then the possibilities are endless.
Do you think the new ranking system is better than the previous system?
I think its a bit fairer because its rewarding players that are playing well more or less straight away. We've had players like Dominic Dale and Ricky Walden winning tournaments but don't finish in the top 16 that year. But if you look at my win, I'm in the Masters this season and invited to other tournaments because of the new ranking system so I'm a big fan!
How do you deal with these moments of pressure in which a mistake can dictate a defeat?
I'm not sure actually. I suppose when I'm playing I'm not thinking about missing but just trying to hold myself together and go through my own routines and potting balls but its easily said than done!
How would you describe a normal practice routine? Is there any exercise that you practice before an important match?
I do between 2-4 hours on my own but when I'm practicing with other players I'll play for about 6 hours. But I practice all parts of the game, long pots, break building, safety etc. Before a game I just loosen up by spreading the balls about and pot balls to get myself cueing good........hopefully!
What was the best match you have been involved?
Good question! I suppose it has to be the final of Australia! It had everything. I went in front early on, then Mark drawing level at the mid session. Then me falling behind and then me winning the last 4 frames.
Snooker entered into a new era after the arrival of Barry Hearn. What did he bring to snooker and what can be done in the future?
He's delivered more tournaments and made us all busy which a few like and a few don't like but I'm a massive fan of Barry. I've been travelling all over europe just to play in tournaments but now we've got little ranking events. (PTC's) The main goal for the PTC's is to eventually get ranking events where we're having these PTC's.
Do you think snooker can reach a globalization as golf or tennis?
I don't think so but Barry Hearn is giving it a good try! Hopefully it will but it won't be for atleast 10 years or so.
What advice can you give to those who want to make progress in snooker?
Practice hard, dedicate yourself to snooker and believe you will make it one day. (That's what I've done!)
Enjoyable, intense and interesting.
Finally, leave a message for the Portuguese fans.
I hope that you like my answers to your questions and hopefully they'll be a ranking tournament in Portugal very soon. If there is please come up and say hello!
Michael Holt assegurou a sua segunda vitória em eventos do Players Tour Championship com um triunfo de 4-2 frente a Dominic Dale, na 10ª etapa desta competição.
Foto de worldsnooker.com |
Durante esta semana Holt venceu sete encontros, derrotando jogadores como Mark Selby, o nº 1 do mundo, e John Higgins, actual campeão mundial. Na final, Holt conseguiu uma vantagem de 2-0, graças a entradas de 75 e 58 pontos. Dale consumou a recuperação para apenas uma partida de diferença, aos 3-2, no entanto o inglês viria a triunfar na partida seguinte.
Holt sempre foi reconhecido como um jogador de grande talento, mas teve sempre como obstáculo a sua instabilidade psicológica que não lhe permitiu chegar mais longe nas grandes provas do circuito. O jogador confessou isso mesmo em entrevista após esta vitória:
"Eu nunca estive longe de jogar muito bem ou muito mal. A minha atitude tem sido terrível recentemente, mas estive bem melhor nesta prova. Os encontros mais curtos talvez me favoreçam porque não tenho tempo suficiente para perder a cabeça."
"Eu sou bom o suficiente para conseguir bons resultados em qualquer torneio, mas a minha atitude impediu-me de chegar mais longe. Eu não alcancei aquilo que realmente tinha possibilidades, mas se eu mantiver este temperamento positivo e consistente sei que ainda posso ser bem sucedido no futuro."