Em relação à melhor performance individual num torneio, escolhemos a prestação de Ronnie O'Sullivan no Campeonato do Mundo. Ronnie acabou por apenas mostrar o seu melhor quando precisou e isso foi suficiente para ter sido soberbo ao longo deste torneio. Na primeira ronda, não teve necessidade de jogar muito bem e derrotou o jovem Liu Chuang por 10-5. Na segunda ronda, defrontou Mark Williams, que desperdiçou imensas oportunidades para vencer várias partidas importantes e Ronnie foi aproveitando, tendo chegado à terceira sessão a vencer por 9-7. A partir daí, o "Rocket" foi verdadeiramente espectacular e não deu quaisquer hipóteses a Williams; o inglês venceu todas as partidas e fechou o encontro com a sua 9ª tacada máxima em competição. Nos quartos de final, também não foi preciso jogar ao seu melhor e Ronnie afastou, de forma tranquila, Liang Wenbo, também por 13-7. Na meia final é que o "Rocket" teve mesmo de se exibir a sua melhor forma. Defrontou um motivadíssimo Stephen Hendry, que começou muito forte, mas, aos poucos, Ronnie foi acentuando o seu domínio. A segunda sessão deste encontro foi decisiva; o inglês venceu todas as partidas e realizou excelentes breaks, destacando-se duas limpezas gerais. Na terceira sessão, O'Sullivan limitou-se a gerir a sua vantagem e, apesar de ter tido alguma sorte, a sua vitória por 17-6 acaba por ser indiscutível. Na grande final, o seu adversário, Ali Carter, mostrou-se bastante ansioso e nunca conseguiu mostrar um bom nível de jogo. Assim, o "Rocket" apenas precisou de gerir os acontecimentos com tranquilidade e, sem ser espectacular, conseguiu uma vitória fácil. Foi sem dúvida uma performance soberba de Ronnie O'Sullivan ao longo dos 17 dias deste Campeonato do Mundo, uma das suas melhores vitórias de sempre.
1º Vitória de Ronnie O'Sullivan no Campeonato do Mundo
Em relação aos outros candidatos, não conseguimos fazer uma distinção, pois consideramos as três prestações igualmente notáveis. Mark Selby foi protagonista de imensos encontros dramáticos e muito complicados na sua caminhada para a final do Masters: derrotou Stephen Hendry e Stephen Maguire por 6-5, depois de ter estado a perder por 3-5, e ainda precisou de jogar as 11 partidas possíveis frente a Ken Doherty; contudo, na final, Selby não deu quaisquer hipóteses a Stephen Lee, vencendo por 10-3. A vitória de Stephen Maguire no Open da China também foi de grande qualidade: derrotou facilmente adversários menos cotados para chegar às meias finais, onde teve de vencer na negra frente a Ryan Day (neste encontro, o escocês realizou uma tacada máxima); a final foi um encontro soberbo e Maguire derrotou o seu grande rival, Shaun Murphy, por 10-9. O vencedor mais surpreendente do ano acabou por ser Ricky Walden, que se mostrou ao seu melhor durante o Shanghai Masters; o jogador inglês, vindo da fase de qualificações, venceu por 5-0 o seu encontro da ronda dos wildcards e teve de batalhar muito para afastar Stephen Hendry (por 5-4), num grande encontro; depois, recuperou de uma desvantagem de 1-4 para bater Neil Robertson por 5-4; nos quartos de final, afastou Steve Davis por 5-2, realizando uma limpeza geral de 139 pontos para selar a sua vitória; seguidamente, derrotou Mark Selby por 6-4 (após ter estado a perder por 1-4), para se apurar para a final; no encontro decisivo, defrontou Ronnie O'Sullivan, o grande favorito à conquista do torneio; Walden esteve quase sempre a perder, mas nas últimas partidas foi mais forte e venceu por 10-8.
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