Holt vence PTC 10

Michael Holt assegurou a sua segunda vitória em eventos do Players Tour Championship com um triunfo de 4-2 frente a Dominic Dale, na 10ª etapa desta competição.

À conversa com... Stuart Bingham

Brevemente...

Ronnie O'Sullivan volta a brilhar na Premier League

Ronnie O'Sullivan arrecadou o seu 10º título da Premier League ao derrotar facilmente, na final, o chinês Ding Junhui por 7-1.

Higginson derrota Higgins

Andrew Higginson derrotou o actual campeão do mundo, John Higgins, por 4-1, na final do Players Tour Championship 5, um evento que decorreu na World Snooker Academy, em Sheffield.

Grande Final da World Series of Snooker 2009



Em primeiro lugar, pedimos desculpa por não termos postado nada durante os últimos dias, mas estivémos muito ocupados e só agora surgiu a disponibilidade para noticiar o que aconteceu na Grande Final da World Series of Snooker de 2009, jogada na Arena de Portimão, em Portugal.

Jogadores (penso que os 10 jogadores do Main Tour que particparam neste evento não precisam de qualquer tipo de apresentação, pois são todos conhecidos dos fãs da modalidade, mas indroduzo os outros participantes):

John Higgins

Graeme Dott

Steve Davis

Ding Junhui

Stephen Maguire

Mark Selby

Ken Doherty

Shaun Murphy

Ryan Day

Jimmy White

Ítaro Santos
(jogador brasileiro, que, depois de vencer vários torneios no seu país de origem, partiu para Inglaterra com o desejo de se tornar profissioal. Actualmente, reside na Alemanha, tendo sido campeão alemão em 2005 e 2008; venceu também o Campeonato da Europa de equipas, em 2007 e a sua melhor tacada em competição é de 142 pontos; joga no PIOS e aspira chegar ao Main Tour; é também treinador de snooker).

Lasse Munstermann
(jogador alemão, que já venceu todos os títulos do seu país, tendo-se tornado profissional em 2000; em competição já fez 138 pontos e o seu principal objectivo é atingir o Main Tour).

Garry Britton
(natural de Jersey, este jogador é uma referência do snooker nas Ilhas do Canal da Mancha. Conseguiu uma inesperada vitória frente a Ken Doherty, no primeiro evento da World Series; apesar da sua técnica muito peculiar, já conseguiu fazer 147 pontos em competição).

Luca Brecel
(este belga de 14 anos é sem dúvida um dos maiores talentos da modalidade, podendo muito bem vir a ter um futuro brilhante; é já o melhor jogador do seu país, superiorizando-se a jogadores como Bjorn Haneveer, Mario Geudens, Kevin Van Hove, etc. Começou a jogar com 10 anos e com 12 já fazia a sua primeira tacada centenária em competição; para além dos muitos torneios que venceu, destaca-se a sua vitória no Campeonato da Europa de sub-19, sendo o mais jovem de sempre a consegui-lo; só não está já no Main Tour, pois para isso precisa de completar 16 anos; em competição, a sua melhor tacada é de 136 pontos e no treino já conseguiu mais de 20 tacadas máximas e uma de 148 pontos, beneficiando de free-ball; é apontando como um futuro nº1 mundial).

Schachar Ruberg
(também com 14 anos, Ruberg é já nº1 no ranking sub-21 de Israel; é muito talentoso e sonha chegar ao circuito profissional; durante o Campeonato da Europa de sub-19, realizou uma tacada de 103 pontos).

Michal Zielinski
(jovem polaco, de 16 anos, é uma das maiores esperanças do seu país me ter um jogador no Main Tour; a sua melhor tacada em competição é de 111 pontos).

Dia 1

O primeiro dia da Grande Final da World Series of Snooker, ficou marcado pelo pouco público nas bancadas, o que se percebe, pois estávamos numa sexta feira. Os encontros da fase de grupos, onde participaram 2 jogadores do Main Tour e mais 6 convidados, foram jogados com apenas 6 vermelhas, para as partidas decorrerem mais rapidamente.

Sem deslumbrar, Ryan Day conseguiy vencer todos os seus opositores: o antigo profissional Garry Britton (2º classificado), um dos melhores jogadores alemães, Lasse Munstermann (3º classificado) e o jovem polaco Michal Zielinski, que não conseguiu qualquer vitória.


O grupo 2 foi bastante mais interessante, com Jimmy White, Itaro Santos e os dois jovens de 14 anos (Luca Brecel e Shachar Ruberg) em acção. White derrotou o jogador brasileiro e, depois, Luca Brecel derrotou Ruberg, por 4-2, no encontro entre os jogadores mais novos a participar na World Series. O jovem israelita perdeu frente a Jimmy White, por 4-0, num encontro em que teve bastante azar. Luca Brecel, o prodígio belga, venceu Itaro Santos, que vencera Shachar Ruberg por 4-2 e, depois, conseguiu uma fantástica vitória frente a Jimmy White, na "negra".


Nos dois encontros referentes à ronda seguinte, já com 10 vermelhas em cima da mesa, Shaun Murphy venceu facilmente Ryan Day, por 5-1 e Stephen Maguire afastou Gary Britton, num encontro com bastantes erros de parte a parte.

Dia 2

O segundo dia de competição foi bastante mais interessante, com grandes encontros e muito mais público.


Primeiro, jogaram-se os dois encontros que deveriam ter sido disputados no dia anterior, mas que tiveram de ser adiados para a manhã de sábado. Num encontro entre duas lendas da modalidade, Steve Davis e Jimmy White, Davis venceu na "negra", depois de embolsar a bola de jogo com imensa sorte. Na mesa 2, Luca Brecel voltou a mostrar o seu potencial. Desta vez, a vítima foi Ken Doherty, que perdeu surpreendentemente, por 5-3. Tínhamos assim os 8 jogadores apurados para os quartos-de-final (já com 10 vermelhas): John Higgins, Steve Davis, Mark Selby, Shaun Murphy, Stephen Maguire, Ding Junhui, Graeme Dott e Luca Brecel.


Murphy e Selby proporcionaram um encontro de bom nível e ao intervalo estavam empatados. Depois, Selby esteve a vencer por 4-3, mas Murphy venceu as últimas duas partidas, terminando com uma soberba limpeza geral de 105 pontos. Brecel começou melhor frente a Dott, vencendo as duas primeira partidas, mas, logo a seguir, o escocês fez o 2-2. Após o intervalo, Dott conseguiu a reviravolta, mas o seu jovem adversário voltou a vencer duas partidas, ficando a apenas 1 jogo das meias finais. No entanto, Graeme Dott levou o encontro para a "negra", com uma entrada de 100 pontos e no jogo decisivo levou a melhor, aproveitando os erros de Brecel, que até poderia ter ido mais longe. Steve Davis começou melhor frente a John Higgins, mas depois do intervalo, o escocês não deu hipóteses e venceu por 5-2. 5-2 foi também o resultado na útima meia final. À semelhança dos outros encontros, os dois jogadores estavam empatados ao intervalo; no entanto, Maguire acabou por superiorizar-se, num encontro com alguns erros de ambos os jogadores.

Dia 3




No terceiro e último dia de competição, jogaram-se as meias finais e a final, já com as 15 vermelhas na mesa. Na primeira meia-final, parecia certo que Graeme Dott iria seguir para a final, mas uma grande recuperação de Murphy, que venceu as últimas 3 partidas, permitiu-lhe seguir em frente. Por sua vez, John Higgins obteve uma sobre Stephen Maguire, por 5-3, superiorizando-se depois do intervalo. Não se poderia pedir uma melhor final em perspectiva: os dois finalistas do passado Campeonato do Mundo. A primeira metade da final foi muito equilibrada, mas Murphy regressou fortíssimo após o intervalo, tendo feito breaks de 122 e 100 pontos. Higgins foi ficando muito tempo sentado e, por isso mesmo, foi perdendo a consistência e foi cometendo vários erros. Murphy conseguiu a desforra, sagrando-se o campeão da primeira edição da Grande Final da World Series of Snooker, vencendo por 6-2.




Balanço final


Foi a primeira vez que um torneio desta dimensão se realizou no nosso país e finalmente o snooker em Portugal parece começar a tomar o rumo certo. É um facto que foi um evento anunciado algo tardiamente, por ter sido um recurso após a desistência de Moscovo, a divulgação também não foi a mais adequada e o preço dos bilhetes também não foi o mais simpático. No entanto, esta prova pode ser um grande começo para a evolução do snooker em Portugal e o público presente ficou muito entusiasmado por ver os seus ídolos em carne e osso e realmente não tem nada a ver ver na televisão e ver ao vivo... No primeiro dia houve muito pouco público, mas aos poucos a Arena de Portimão foi ficando cada vez mais composta. Os jogadores e organizadores mostraram-se muito satisfeitos com o evento e com a hospitalidade dos portugueses, estando mesmo a pensar realizar mais um evento no próximo ano. Tivémos contactos com várias pessoas, como o jornalista Dave Hendon, que fez uma entrevista, que irá ser publicada no próximo exemplar da Snooker Scene Magazine. Falámos também com Maxime Cassis, delegado da EBSA (European Billiards & Snooker Association), que pretende associar Portugal a esta associação, o que é um oportunidade única para começar a haver competição nacional e podermos começar a ter jogadores e formação de jovens, para que no futuro haja jogadores portugueses a competir no circuito europeu e, quem sabe, no Main Tour. Falámos também com os acompanhantes de Luca Brecel e com alguns jogadores. Foi um fim de semana inesquecível e esperemos que o snooker começe finalmente a crescer no nosso país. Até sempre...

3 comentários:

Francisco Domingues disse...

Olá Joao!
Fico muito contente pela experiencia portuguesa e pelos contactos.
Por minha parte penso que existe ainda alguma falta de interesse em Portugal em que o snooker de o salto.
Há poucas mesas e poucos jogadores, e dos poucos que há nao há iniciativa de competiçao.

Anónimo disse...

Great summary!! I hope they will come soon to Spain, it seems that Pat Mooney is interested in so...

Vasco disse...

Sem dúvida Francisco! Os salões e clubes não fazem um esforço, são bastante adversos a arriscar e apostar na mais bela modalidade de bilhar. Talvez seja da crise (tanto financeira como de foro psicológico).
Melhores tempos virão...

    Melhores jogadores em 2011/2012?

    Assistiria a uma prova de snooker em Portugal?

    O Brasil será uma potência mundial no snooker?