Martin Gould causou sensação, com uma prestação simplesmente brilhante, que o ajudou a alcançar uma vantagem confortável de 11-5, após as duas sessões, que venceu por 6-2 e 5-3, respectivamente. Gould esteve sempre com a confiança ao mais alto nível, concentradíssimo, a tacar extremamente bem e sem acusar minimamente a pressão de estar a jogar num palco como o Crucible. As primeiras seis partidas da sessão inicial foram todas ganhas por Gould, que não deu praticamente hipóteses a Robertson, destacando-se com entradas de 70, 116, 80, 43 e 53. No entanto, o australiano ainda conseguiu reduzir, ao vencer os últimos dois jogos, com contribuições de 71 e 53 pontos. Uma primeira sessão muito agradável de acompanhar, principalmente devido à belíssima qualidade de jogo apresentada por Gould. Na segunda parte, Robertson ainda ameaçou uma recuperação, quando entrou com uma tacada de 86, mas Gould continuou concentradíssimo, embolsando bolas do outro mundo. Apesar dos esforços de Robertson, estes acabaram por ser insuficientes para conseguir travar o seu impetuoso adversário, sendo obrigado, agora, a vencer a sessão final por, pelo menos, 8-1.
Neil Robertson (5-11) Martin Gould
Tal como era esperado, Mark Allen rapidamente ampliou a sua vantagem, com uma prestação de grande nível na segunda sessão. Mark Davis chegou a ter algumas hipóteses, mas não as aproveitou, enquanto que Allen esteve muito bem, realizando muitas tacadas superiores a 50 pontos. No último jogo da sessão, Davis ainda reduziu, com um bom break de 72. Allen, que detém a tacada mais alta da prova, 146 pontos, teve mais uma boa oportunidade de chegar aos 147, mas acabou por perder posição para a bola preta. A última sessão acabou por ser muito rápida, com o jogador da Irlanda do Norte a terminar da melhor forma possível, com duas tacadas superiores a 100 pontos, em menos de 20 minutos. Allen muito forte e com possibilidades de igualar a prestação conseguida no ano passado; ou até, quem sabe, melhor...
Mark Allen 13-5 Mark Davis
Num encontro entre dois bons amigos e colegas de treino, Graeme Dott levou claramente a melhor na primeira sessão, ao alcançar um avanço de 7-1 sobre Stephen Maguire. Dott venceu alguns jogos equilibrados, mas foi ficando cada vez mais fluente, construindo entradas de 94, 110, 99 e 59. Maguire tem agora pela frente uma desvantagem muito complicada de recuperar, para as duas sessões que ficam a faltar.
Stephen Maguire (1-7) Graeme Dott
Steve Davis estivera simplesmente magnífico na primeira sessão e nesta segunda parte acabou por, também, não estar nada mal. No entanto, permitiu uma ligeira recuperação a John Higgins, que conseguiu recuperar dois dos quatro jogos que tinha de atraso em relação ao seu adversário. Ainda assim, o inglês conseguiu três entradas de registo, uma delas de 83 pontos. Higgins, que conseguiu elevar um pouco o seu nível de jogo, ainda que não muito, realizou a única tacada superior a 100 pontos da sessão. Tudo a postos, então, para a terceira e última parte, que promete imenso.
John Higgins (7-9) Steve Davis
Fotos por Monique Limbos
A minha estreia no Eurosport...
Foi neste dia que fui convidado a comentar o encontro da sessão da manhã, entre Robertson e Gould, acompanhando o Miguel Sancho no estúdio do Eurosport. Estava bastante nervoso ao início, mas aos poucos, fui ficando muito mais à vontade e as coisas começaram a fluir naturalmente e, no geral, acho que correu bastante bem. Acho que foi uma boa experiência, que gostaria imenso de poder repetir em breve.
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