Ninguém esperava que Steve Davis, aos 52 anos de idade, na sua 30ª aparição no Crucible, conseguisse dar grande luta ao campeão em título e nº1 mundial, John Higgins. Muito menos, que chegasse à vitória. Mas o lendário 6 vezes campeão do mundo mostrou que tudo é possível. A sessão final como já era esperado, reservou muita emoção e drama. Apesar da constante pressão que Higgins colocava em Davis, este ia conseguindo sempre manter a sua pequena vantagem, algo importantíssimo nesta fase do encontro. No entanto, Davis falhou uma grande oportunidade de fazer o 12-9 e, a partir daí, começou a acusar a pressão e o escocês tornou-se claramente favorito quando empatou o encontro a 11. Mas, naturalmente, que nunca podemos descartar as grandes lendas e, mais uma vez, Steve Davis provou isso mesmo, ao vencer os dois últimos jogos para chegar a uma vitória simplesmente do outro mundo, na qual poucos acreditariam à partida. O grande destaque vai para uma bola castanha cruzada para o buraco do meio que, ao mesmo tempo, permitiu libertar a azul que se encontrava encostada à tabela. Mítico Steve Davis!!
John Higgins 11-13 Steve Davis
Martin Gould fizera a exibição da sua vida até hoje, no dia anterior, que o ajudara a conseguir uma vantagem de 11-5 sobre Neil Robertson. O inglês estivera simplesmente magnífico nas duas primeiras sessões, embolsando bolas de qualquer maneira e feitio, sem dar praticamente hipóteses a Robertson para este tornar o encontro mais equilibrado. No entanto, uma entrada do australiano na sessão final, com breaks de 64 e 112, começou a colocar alguma pressão em Martin Gould. Robertson, que precisava de vencer oito partidas e de perder, no máximo, apenas uma, conseguiu ganhar 5 jogos seguidos, numa altura em que Gould estava claramente nervoso, algo que não demonstrara minimamente no dia anterior. Gould ainda fez o 12-10, mas este acabou por ser o último jogo que venceu, acabando por perder na "negra", apesar de ter tido várias hipóteses de fechar o encontro. Gould vacilou com a pressão, mas todo o mérito para Robertson que realizou aqui uma recuperação do outro mundo, comparável com a de Ken Doherty, na meia final do Campeonato do Mundo 2003, frente a Paul Hunter (de 9-15, para 17-16). O australiano poderá, assim, ganhar imensa confiança e mostrar-se com um forte candidato à vitória final. Por sua vez, Gould não deverá desanimar, pois deixou excelentes apontamentos e provou bem que a sua posição no ranking (fora do top 32) não corresponde ao seu real valor e que será certamente um dos qualifiers que ninguém desejará apanhar nos próximos tempos.
Neil Robertson 13-12 Martin Gould

Stephen Maguire 6-13 Graeme Dott

Mark Williams (4-4) Ronnie O'Sullivan
O empate a quatro foi, também, o resultado que se verificou depois da primeira sessão do encontro entre Ali Carter e Joe Perry, uma re-edição da meia final de 2008. Uma sessão com ambos os jogadores a meio gás, sem grandes entradas ou momentos de maior destaque. Prevê-se um encontro equilibrado entre estes dois jogadores.
Ali Carter (4-4) Joe Perry
Fotos por Monique Limbos
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