



O outro grande destaque vai para a dramática vitória de Stephen Hendry, frente a Joe Perry. O escocês estivera muito bem na primeira sessão, alcançando um resultado favorável de 6-3. Sentido-se, assim, ameaçado, Perry optou por uma estratégia diferente nesta segunda parte. Vendo que seria impossível competir em termos ofensivos com Hendry, o inglês apostou num jogo bastante pausado e defensivo, que resultou muitíssimo bem, anulando, por completo, o seu adversário. Sem que Hendry tivesse cometido erros especialmente graves, Perry empatou o encontro a 6, revelando ter "a lição muito bem estudada". Joe Perry esteve inclusive muito perto de dar a volta, mas Stephen Hendry, com uma excelente limpeza de 67 pontos, segurou a sua vantagem ao intervalo. Depois, tudo foi extremamente equilibrado e o encontro teve mesmo de ser decidido na "negra". Hendry esteve a liderar por 53 pontos, mas permitiu a recueperação de Perry, que tinha tudo para confirmar uma recuperação notável. No entanto, o inglês, semi-finalista aqui em Sheffield, em 2008, falhou a bola castanha e, após uma pequena batalha defensiva, Stephen Hendry acabou por levar a melhor, respirando de alívio, depois de ter estado com um pé fora deste mundial, o que significaria a sua descida do top 16, no qual já se encontra desde 1987/88. No final do encontro, Hendry reiterou que está longe de ter perdido a paixão por este desporto, mas que o seu futuro na modalidade ainda é incerto e que terá de tomar uma decisão importante no final da época, em relação à sua continuidade como profissional.

Outro encontro decidido apenas na 19ª e última partida possível, foi o que opôs Stephen Maguire e Barry Hawkins. Maguire, já há muito a atravessar uma forte crise de confiança e, consequentemente, de resultados, apresentou-se em péssimas condições na primeira sessão. Sem jogar bem, Hawkins obeteve um avanço de 6-3, frente a um adversário hesitante e desinspirado. No entanto, Maguire começou a construir uma bela recuperação na segunda sessão: esteve a perder por 8-5 ao intervalo, mas elevou o seu nível de jogo, batalhando até ao fim. A pressão estava, agora, do lado de Barry Hawkins, que deixara a sua vantagem confortável desaparecer. Mas contra todas as expectativas, o inglês respondeu com um soberbo break de 92 pontos, na "negra", garantindo um lugar na próxima ronda, que o faz ainda sonhar pelo top 16.
Por fim, teve início a primeira sessão do confronto entre Peter Ebdon e Stuart Bingham. Ebdon, campeão do mundo em 2002, é, provavelmente, o veterano do circuito que melhor se tem aguentado, no que diz respeito à consistência de resultados. Ainda assim, esperava-se bastante equilíbrio, sendo que Bingham é sempre um adversário complicado. Bingham parecia bastante apagado no início do encontro e Ebdon esteve por duas vezes em vantagem: primeiro, por 2-1, numa altura do encontro onde ambos cometiam vários erros e, mais tarde, por 4-2, quando elevou bastante o seu nível. Apesar deste ascendente de Ebdon, Stuart Bingham reduziu, ao vencer um jogo equilibrado, e acabou mesmo por coseguir uma reviravolta no marcador, liderando por 5-4, à entrada para a segunda sessão.
Fotos de World Snooker
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