Holt vence PTC 10

Michael Holt assegurou a sua segunda vitória em eventos do Players Tour Championship com um triunfo de 4-2 frente a Dominic Dale, na 10ª etapa desta competição.

À conversa com... Stuart Bingham

Brevemente...

Ronnie O'Sullivan volta a brilhar na Premier League

Ronnie O'Sullivan arrecadou o seu 10º título da Premier League ao derrotar facilmente, na final, o chinês Ding Junhui por 7-1.

Higginson derrota Higgins

Andrew Higginson derrotou o actual campeão do mundo, John Higgins, por 4-1, na final do Players Tour Championship 5, um evento que decorreu na World Snooker Academy, em Sheffield.

Snoóscares 2009 - Melhor break


Ao contrário do ano passado, onde foram realizadas várias tacadas máximas, este ano foi feita apenas uma em torneios do ranking e, ainda, no Jiangsu Classic (mas não televisionada integralmente). Para além da tacada de 147 pontos (a de Stephen Hendry no Campeonato do Mundo), os restantes candidatos eram todos breaks decisivos, na "negra", sob grande pressão.

1º Stephen Hendry 147 - Campeonato do Mundo


O vencedor acaba mesmo por ser Stephen Hendry, com a 9ª tacada máxima da sua carreira, ficando, assim, empatado com Ronnie O'Sullivan neste aspecto. Os últimos anos têm sido muito difíceis para o escocês, sem conseguir encontrar confiança nem um nível que lhe permita voltar a ganhar torneios, no entanto, no passado Campeonato do Mundo, muita gente voltou a acreditar que Hendry seria capaz de tal proeza. Após uma grande vitória frente a Ding Junhui, na ronda anterior, Stephen Hendry começou muito bem a primeira sessão frente a Shaun Murphy e parecia que ia chegar pelo segundo ano consecutivo às meias finais. No entanto, após a sua magnífica entrada de 147 pontos, que lhe rendeu 157.000.00£ (e, ainda, 147.000.00£ para uma associação de caridade, um belo gesto do dono da Betfred), Hendry acabou por perder a concentração, cometendo alguns erros chave, que, após mais duas sessões, conduziram a uma derrota por 13-11, num encontro que parecia ter sob controlo.


Passando, agora, ao break em questão: foi provavelmente uma das tacadas máximas mais difíceis das que alguma vez foram feitas. No início, à excepção de cinco bolas vermelhas que estavam libertas, todas as outras continuavam aglomeradas no local do triângulo. Hendry começou com uma fantástica bola longa e, depois, controlou a branca à volta do ponto da bola preta, utilizando todas as vermelhas disponíveis. A abertura do pack era extremamente complicada, mas Hendry ainda conseguiu libertar algumas vermelhas. Uma combinação acabou por ser bastante útil, ajudando-o a prosseguir a entrada. A certa altura, quando o jogo ainda não estava garantido, o escocês viu-se face a mais uma combinação (desta vez de 3 bolas); as vermelhas estavam alinhadas para o buraco, no entanto, a colocação era bastante complicada; Hendry utilizou a rosa para segurar a branca para a preta e, a partir daí, a possibilidade de fazer os 147 pontos tornou-se uma realidade. A partir deste momento, as vermelhas encontravam-se numa boa posição e o 7 vezes campeão do mundo manobrou habilmente a branca, prosseguindo o caminho em busca do "número mágico". Na sequência final existia apenas um problema: a bola rosa, fora do seu ponto e relativamente perto da tabela. O escocês resolveu este problema de forma extraordinária: em vez de optar pela colocação mais óbvia, da azul para a rosa, resolveu recuar a branca, a fim desta ficar entre a bola rosa e a tabela, permitindo que esta bola mais problemática fosse embolsável para o meio. No entanto, os problemas ainda não tinha terminado: o ângulo que Hendry deixou não era o ideal e foi necessário jogar com bastante força, levando a branca à tabela de cima, regressando, depois, para baixo, para a preta; foi uma grande jogada, no entanto a preta ficou, igualmente, complicada, existindo grande emoção até ao fim. Hendry embolsou-a, concluíndo um dos inúmeros feitos notáveis da sua inigualável carreira. Uma tacada que muitos poucos jogadores teriam sido capazes de fazer...

Em , fica o break de 75 pontos realizado por John Higgins, no seu encontro dos quartos de final do Campeonato do Mundo, frente a Mark Selby. Este foi um encontro simplesmente fabuloso, de um nível elevadíssimo, que apenas foi concluído no 25º e último jogo. Foi aqui que John Higgins construiu esta tacada que o conduziu à vitória. Inicialmente, parecia impossível tal acontecer, pois as vermelhas estavam quase todas aglomeradas na zona do triângulo, sendo que a preta estava impossível de embolsar, bem como a rosa, que após ser embolsada pela primeira vez foi colocada numa posição onde também não podia ser embolsada. Higgins utilizou, portanto a bola azul e as poucas vermelhas que se encontravam libertas, tendo, depois, aberto as restantes, com uma excelente jogada. Já era possível concluir o encontro, mas ainda se avizinhavam bastantes dificuldades. Por várias vezes, o escocês teve de embolsar a azul para o canto, uma jogada sempre complicada tendo em conta a pressão. Aos poucos, foi mesmo conseguindo e os 75 pontos foram mais do que suficientes para Selby não voltar à mesa. Este foi o ponto mais alto da caminhada de John Higgins até ao título, que actualmente lhe pertence.

No 3º lugar, temos mais uma vez John Higgins em destaque, mais uma vez no Campeonato do Mundo, num encontro que foi jogado até à "negra". Na segunda ronda, o escocês esteve a perder por 12-10 frente ao jovem Jamie Cope, conseguindo o empate. No jogo decisivo, um espectador sentiu-se mal, levando a uma interrupção do encontro. Durante esta pausa, John Higgins pensou na bola difícil que teria de jogar, mas que o poderia levar a uma entrada decisiva. Higgins embolsou esta bola, uma vermelha para o meio, sabendo que se falhasse poderia muito bem perder o encontro. As vermelhas estavam praticamente todas espalhadas e embolsáveis, mas a pressão era muita e era preciso muita precisão para controlar a branca devidamente. O escocês mostrou grande frieza e experiência, concluíndo uma tacada vencedora de 80 pontos, servindo-se, maioritariamente, das bolas azul e rosa, uma vez que a preta se encontrava numa posição complicada.

Finalmente, temos a entrada de 76 pontos que Ding Junhui realizou na "negra" do seu encontro dos quartos de final do UK Championship (torneio que venceu recentemente), frente a Ali Carter. Ding já tinha vencido o jogo anterior, em "one visit" e, aos 8-8 fez o mesmo. Carter saiu, deixando uma bola longa para o chinês. Ding embolsou-a e, a partir daí, construiu um break de grande dificuldade, com muitas bolas complicadas. Jogadas de muita precisão, uma grande abertura das vermelhas e uma excelente leitura de jogo por parte de Ding Junhui, permitiram este break soberbo, mais do que suficiente para garantir a vitória no encontro, numa altura onde a pressão era muito elevada.

0 comentários:

    Melhores jogadores em 2011/2012?

    Assistiria a uma prova de snooker em Portugal?

    O Brasil será uma potência mundial no snooker?