A escolha do vencedor desta categoria contemplou vários aspectos, entre eles a qualidade ofensiva, demonstrada particularmente pelos breaks, a qualidade defensiva e as circunstâncias do encontro, ou seja, a importância do mesmo e outros factores externos.
Sendo assim, o vencedor desta categoria foi Neil Robertson contra John Higgins, nas meias-finais do Grand Prix. Recordem este grande encontro através da reportagem do "snooker planet":
"Neil Robertson derrotou o campeão em título, John Higgins, num encontro clássico que ficará marcado na história do snooker. O australiano começou o encontro com uma entrada centenária, mas Higgins respondeu com um break de 90 pontos na segunda partida. Uma entrada de 66 pontos chegaram para Neil voltar novamente para a liderança do encontro, no entanto John Higgins disparou com breaks de 60 e 71, indo para o intervalo empatado e com 100% de sucesso ofensivo. No regresso, Higgins venceu a quinta partida, apesar de ter perdido o "momentum" que ganhou antes do intervalo. O escocês parecia ter "adormecido" um pouco, cometia mais erros, enquanto que Robertson voltou a empatar o encontro a 3, com uma soberba entrada de 130 pontos. Na partida seguinte o australiano acabou por sair vencedor numa partida que podia ser decisiva para o resto do encontro. Na oitava partida, Robertson demonstrou estar a fazer o encontro da sua carreira, com mais um break de 128 pontos, estando a apenas uma partida da vitória.
Higgins não tinha margem de erro, e teve uma boa abertura no próximo jogo, mas o australiano estava imparável. Acabou por perder colocação aos 49 pontos e Higgins começa por marcar uma bola longa espectacular, que conduziria a um soberbo break de 84 pontos. Higgins acabaria por levar a decisão do encontro a uma "negra". Depois de Robertson falhar uma bola longa, Higgins parecia ter tudo para vencer o encontro, mas a sorte não estava claramente do seu lado. Ao tentar marcar uma bola vermelha dificil, não só conseguiu marcá-la, como também embolsou a rosa. Seguiu-se uma batalha defensiva, em que o escocês voltou a não ter sorte. Marcou a amarela, deixando-se snooker para a bola verde. Higgins acabaria por marcar a verde, algumas jogadas depois, falhando depois escandalosamente a castanha. O encontro viria a ser decidido na bola preta. Robertson tentou marcar a preta, não conseguiu, mas acabou por deixar Higgins num verdadeiro pesadelo. O escocês acabou por arriscar, falhando e deixando a bola fácil para Robertson. Conclusão: um dos melhores encontros do ano e um dos melhores de sempre... Higgins esteve muito bem ao longo do torneio e ao longo deste encontro, mas Robertson realizou sem dúvida a melhor exibição da sua carreira."
Robertson realizou sem dúvida uma exibição perto da perfeição. Um excelente jogo ofensivo, com uma percentagem de sucesso perto dos 100% e um jogo táctico e defensivo ao nível de topo mundial contribuíram para a melhor vitória de Neil Robertson na sua carreira e para a melhor performance individual num encontro no ano de 2009.
Em segundo lugar temos a grande prestação de John Higgins frente a Mark Selby nos quartos-de-final do Campeonato do Mundo. Mark Selby começou o encontro de forma avassaladora, com três tacadas centenárias e até à terceira partida tinha 100% de êxito nas bolas jogadas para o buraco. No entanto, Higgins respondeu muito bem e venceu quatro partidas consecutivas, com destaque para uma limpeza total de 141 pontos. Selby ainda foi a tempo de empatar, com mais uma entrada de destaque. Snooker de altíssimo nível. O encontro continuou com este nível qualitativo por parte de ambos os jogadores. Higgins conseguiu mesmo levar o encontro para a partida decisiva. O drama era muito... Pessoas no público sentiram-se mal, mas Higgins sentiu-se no topo do mundo, quando realizou uma entrada simplesmente soberba, que está nos candidatos da categoria de "melhor break", para avançar no torneio que viria a vencer pela terceira vez. Selby não podia ter jogado melhor, mas Higgins provou ser um jogador fantástico. É a tal diferença entre os bons jogadores e os grandes jogadores.
Em terceiro lugar ficou a exibição de Stephen Maguire frente a Neil Robertson, nos quartos-de-final do Masters. Fiquem com a reportagem do encontro:
"À partida, não se esperava muito deste encontro, já que ambos os jogadores não tinham estado assim muito bem nos seus jogos anteriores, mas acabou por acontecer exactamente o contrário e ambos estiveram ao seu melhor nível. Robertson começou melhor e venceu a primeira partida com entradas de 60 e 58 pontos. Maguire venceu as três partidas seguintes, realizando break de 97, 55 e 62. Depois do intervalo, assistimos apenas a snooker do "outro mundo". O escocês ganhou mais uma partida, com uma entrada de 128 e, logo de seguida, Robertson respondeu com duas tacadas centenárias (122 e 100), reduzindo para 3-4. No entanto, Stephen Maguire esteve absolutamente imparável e voltou a ganhar uma vantagem de dois jogos, graças a uma entrada de 105 pontos. Na partida seguinte, o escocês fechou o encontro, de forma absolutamente espectacular: mais uma entrada superior a 100 pontos (113), a quinta consecutiva neste encontro, na qual teve de embolsar excelentes bolas longas sob pressão."
Simplesmente soberbo o nível de jogo que ambos os jogadores exibiram durante este encontro, particularmente Stephen Maguire, não só por ter vencido, mas também por ter conseguido 97% de sucesso ofensivo e três tacadas centenárias.
Em quarto lugar ficou a prestação de Ronnie O'Sullivan frente a Stephen Maguire, também no Masters, desta vez nas meias-finais. O inglês não deu hipóteses, praticamente, a Maguire, realizando uma exibição fantástica, também pelo facto de estar a jogar com um novo taco. Duas tacadas centenárias e mais três acima de 50 pontos foram suficientes para derrotar "facilmente" Stephen Maguire.
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