Há muito que Stephen Lee tem estado afastado dos grandes palcos, mas conseguiu uma fantástica vitória frente ao jovem Mark Allen. O encontro foi equilibradíssimo do início ao fim, sempre com uma qualidade de jogo elevadíssima. Allen era à partida o favorito, mas desde cedo que Lee mostrou que não iria facilitar nada, conseguindo mesma uma vantagem, embora o seu adversário tenha, também, feito boas entradas. Destaque para a tacada mais alta até ao momento, de 141 pontos, feita por Lee, mesmo a fechar a sessão. Mark Allen esteve soberbo na segunda sessão, construindo 3 tacadas centenárias (no total realizou 4, neste encontro). Stephen Lee poderia ter acabado com o encontro na 16ª partida, no entanto o jovem irlandês acabou por levar o encontro para a "negra", ao ganhar esta mesma partida, numa preta recolocada para desempate. Apesar disto, o inglês acabou mesmo por seguir em frente, num encontro magnífico. Allen esteve, igualmente, muito bem, acabou por não ser suficiente para vencer.

Stuart Bingham, que se encontra num bom momento de forma, concluiu tranquilamente a sua vitória frente a um desinspirado Joe Perry, que pouco incomodou o seu adversário. Após uma vantagem confortável conseguida na primeira sessão, bastou a Bingham ir gerindo os acontecimentos, pontuando razoavelmente, para garantir a sua passagem para os oitavos de final. Bingham tem estado bastante bem nesta época, sendo já a segunda vez que alcança tal fase num torneio de ranking, em três oportunidades. Perry continua a apresentar-se num momento bastante negativo e começa cada vez mais a ter o seu lugar no top 16 ameaçado.

O embate entre duas autênticas "lendas vivas" do snooker, os dois jogadores mais galardoados de sempre, Stephen Hendry e Steve Davis, acabou por ser um encontro algo atípico. Após uma entrada fulgorante por parte do escocês, que começou com uma tacada de 115 pontos, a primeira sessão foi extremamente renhida e não muito bem jogada. Inúmeros erros de parte a parte acabaram por proporcionar alguma emoção, que o público que lotou por completo a arena, acabou por apreciar. Davis, já bastante limitado a nível ofensivo, continua, no entanto, a exibir um jogo defensivo de altíssima qualidade, o que dificultou muito a tarefa de Hendry, sem argumentos neste aspecto. Davis chegou mesmo a estar a vencer por 4-3, mas em mais um rasgo de inspiração, Hendry terminou a sessão com mais uma entrada centenária, desta vez de 130 pontos. A segunda sessão foi um pouco melhor, sendo que o equilíbrio durou até ao 6-6. A partir daí, Hendry avançou para o 8-6, tendo depois concluído com um break de 112. Uma prestação muito irregular de Stephen Hendry, que no meio de uma exibição pouco conseguida, consegue 3 tacadas superiores a 100 pontos...

Após uma primeira sessão equilibrada e de qualidade mediana, Jamie Cope mostrou desde o início da segunda parte, que estava determinado em seguir em frente. Cope entrou mesmo com uma tacada centenária, colocando-se em vantagem e, aos poucos, com entradas consistentes, aproveitando também as falhas do seu oponente, avançou para o 8-4, antes do intervalo da sessão. Cope parecia confortável, mas no regresso dos dois jogadores, tudo mudou. Selby regressou fortíssimo, com níveis de concentração extremamente elevados e, aos poucos, foi construíndo uma grande recuperação. Com isto, Jamie Cope começou a acusar a pressão e a cometer erros básicos, enquanto que a confiança no seu adversário crescia a cada momento. Destaque para duas tacadas centenárias e, depois, um break de 73 no jogo decisivo, por parte de Selby para o inglês conseguir aqui um triunfo absolutamente crucial para relançar a época, que até ao momento tinha sido extremamente desapontante. Uma derrota aqui poderia ter sido altamente negativa para Selby, mas assim sendo, a época está relançada e parece que este recuperou toda a confiança.

Liang Wenbo continuou a sua caminhada confortável neste encontro, mais uma vez mostrando que está a evoluir imenso, apresentando um jogo bem mais completo e seguro, com destaque para uma tremenda capacidade de construção de break. Liang foi dilatando a sua vantagem, chegando mesmo ao 8-2. Ryan Day ainda reduziu, com uma excelente tentativa de tacada máxima; Day construiu muito bem o break, mas ao embolsar a bola verde encostada à tabela, deixou a branca curta para a castanha, acabando por ficar-se pelos 125 pontos. Liang acabou mesmo por fechar o encontro no jogo seguinte.

Robertson trazia uma vantagem relativamente "magra", da primeira sessão, mas rapidamente se impôs, frente a Tom Ford. O australiano praticamente não deu hipóteses a Ford, que se batera bastante bem na primeira metade, pontuando com muita qualidade e chegando à vitória mesmo antes do intervalo, através de um break de 119 pontos. Depois da fantástica vitória no Grand Prix, Robertson passa à segunda ronda, convencendo bastante.

Por fim, o campeão do mundo, John Higgins, conseguiu uma difícil vitória frente a Ricky Walden, um jogador em ascensão nos últimos anos e sempre a ter em conta. Higgins começou muito bem, alcançando rapidamente uma vantagem de 4-0, mas depois do intervalo, Walden recuperou e, ajudado por algumas falhas de Higgins, conseguiu mesmo restabelecer a igualdade, no final da sessão. A segunda sessão foi extremamente disputada, onde assistimos a boas entradas de ambas as partes. Higgins conseguiu avançar para o 8-5, com uma tacada de 116, no entanto, Ricky Walden não baixou os braços e ainda conseguiu colocar alguma pressão sobre os escocês, ao vencer os dois jogos seguintes. Apesar da resistência de Walden, Higgins acabou mesmo por fechar o encontro, graças a um break de 84, conseguindo uma boa vitória, que não foi nada fácil. O escocês vai agora defrontar Neil Robertson, no "encontro grande" dos oitavos de final.

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