O campeão em título acabou por cair aos pés de Ding Junhui, que realizou uma magnífica exibição. Ding entrou fortíssimo, vencendo os quatro primeiros jogos, com entradas de 83, 51, 60 e 66, dando poquíssimas hipóteses a Shaun Murphy. Após o intervalo, Murphy respondeu bem, reduzindo para 2-4, construindo breaks de 119 e 51, relançando o encontro. No entanto, Ding acabou mesmo por ganhar as duas partidas que se seguiram, levando uma vantagem de 6-2 para a segunda sessão. Esta acabou por ser bastante rápida: sem ser preciso jogar-se depois do intervalo, Ding venceu os três jogos que necessitava para passar à ronda seguinte, com relativo à vontade, embora Murphy tenha ainda conseguido arrecadar uma partida. Vitória clara o chinês, que parece que finalmente começa a realizar boas exibições com maior frequência, depois de ter sido finalista no Grand Prix, tem, agora, mais uma boa oportunidade, de conseguir um resultado digno de registo. Quanto a Shaun Murphy, iniciou a defesa do título confiante, mas simplesmente não conseguir exibir o seu melhor neste encontro, enquanto que enfrentou um adversário que castigou praticamente todos os seus erros.

Stephen Maguire alcançou a ronda seguinte, graças a uma vitória confortável frente a Stuart Bingham. Depois de ter chegado ao 6-2, após a primeira sessão, Maguire perdeu apenas mais um jogo, terminando com tacadas de 103 e 58.

Mark Selby, com a confiança em alta depois do triunfo na "negra", frente a Jamie Cope, trazia da primeira sessão, uma vantagem de 5-3, frente a Stephen Hendry. Selby avançou para o 6-3, vencendo um jogo equilibrado, tendo Hendry imediatamente reduzido, com um excelente break de 108 pontos. À semelhança do seu adversário, Selby venceu a partida que se seguiu, à primeira oportunidade, com uma entrada de 82. Hendry ainda reduziu, antes do intervalo, para 5-7, aproveitando um dos poucos erros do seu adversário, para construir um break de 74. Assistia-se a snooker de boa qualidade. A segunda metade da sessão foi altamente táctica, onde Mark Selby levou a melhor sobre Hendry, que apenas conseguia bons resultados quando tinha hipóteses de pontuar, embora até tenha feito algumas boas defesas. O inglês acabou mesmo por vencer as duas partidas que lhe faltavam, graças à sua estratégia conservadora, que desgastou Stephen Hendry. O escocês é, assim, eliminado, mais uma vez, na segunda ronda (esta época perdeu por 3 vezes nesta fase, noutras tantas ocasiões), mas deve sair de cabeça erguida, pois até mostrou alguma qualidade.

O encontro "grande" destes oitavos-de-final, foi o que opôs o nº1 e o nº3, do ranking mundial provisório, John Higgins e Neil Robertson, respectivamente. Estes dois jogadores tinham proporcionado um encontro notável nas meias-finais do Grand Prix, que Robertson venceu, e, desta vez, não desiludiram. Higgins impôs-se na primeira sessão, por 5-3, onde ambos os jogadores mostraram muita qualidade, embora nenhum deles tenha jogado ao seu melhor. Na segunda parte, o nível aumentou, com Robertson a entrar de forma fulgorante, chegando mesmo à vantagem, com entradas de 127, 78 e 44 pontos. Antes do intervalo, Higgins ainda conseguiu a igualdade. Depois, o escocês voltou a colocar-se na frente, por duas partidas, arrecadando os dois jogos que se seguiram e parecia bastante provável que avançasse para a vitória. No entanto, o australiano ofereceu grande resistência, levando este grande encontro para mais um jogo decisivo. Desta vez, acabou por ser Higgins a mostrar-se mais forte, construindo uma soberba entrada de 69, que o conduziu à vitória.